MULHERES QUE TRABALHAM EM VENDASOs texto que se segue é uma adaptação de artigo que me foi enviado a algum tempo e cujo autor ou autores desconheço e do qual me sirvo neste momento para, de uma forma jocosa, homenagear essas guerreiras cujo valor inconteste de adm inistrar a família, o lar e o trabalho simultaneamente é muitas vezes desconsiderado. O MARIDO... SECRETÁRIA - Dona Vera, é seu marido na linha A. O resultado do encontro apresenta-se 15 anos depois: O FILHO... VERA - Acampar? De jeito nenhum! Você só tem 7 anos. FILHO - Tenho 15, mãe! V - Mas já?! Não é possível! Tem certeza? F - Absoluta. É que nos meus últimos aniversários você estava trabalhando, vários em viagens, outros em reuniões na empresa e dois em entrevista com clientes. V - Esqueci, não. É que caíram em dia de semana. Se tivessem feito como eu sugeri... F - Você sugeriu que mudassem o dia do meu aniversário para o primeiro domingo do mês. V - Exato. O primeiro domingo do mês eu nunca trabalho, a meta do mês anterior já foi batida e nesse dia eu posso ter algum tempo. F - Papai contou que vocês se casaram num domingo e você trabalhou durante a cerimônia. V - Eu só preenchi uns pedidos enquanto o padre falava. Ele nem percebeu. F - E em vez do vovô... você entrou na Igreja de braço dado com o supervisor! V - Claro! O fechamento do mês era para o dia seguinte! F - E a lua-de-mel... V - Tá. Eu não fui. Mas mandei a demostradora do escritório me representando. Seu pai no começo resistiu, mas acabou aceitando. F - E quando eu nasci? Qual é a desculpa? V - Desculpa por quê? Você nasceu como qualquer criança. F - Nasci no meio de uma Convenção de Vendas! V - Era numa Convenção Anual, com toda a diretoria presente! Não podia sair assim, só porque a bolsa estourou. E você devia se orgulhar! Foi o presidente de uma grande multinacional que fez teu parto. F - Já sei. E a secretária da diretoria cortou meu cordão umbilical com aquele troço que abre correspondências. V - E o rapaz da expedição te amamentou. Sorte que ele tinha muito colostro... F - Não brinca. Fiquei traumatizado. V - Eu fiquei. Você nasceu em cima de um monte de brindes que iam ser distribuídos no evento. Quase perdi o emprego... F - E quando você foi me pegar na escola pela primeira vez? A vergonha que eu passei... V - Eu só estava com medo de não te reconhecer... Por causa das minhas viagens constantes, não te via fazia um tempinho... F - Tive que segurar um cartaz, que nem parente desconhecido em aeroporto, escrito "Eu sou o Thiago". V - Thiago? Foi esse o nome que eu te dei? F - Que a moça do cartório me deu!, quando completei 8 anos e consegui ir sozinho a um tabelião. Fiquei sem nome durante oito anos! Oito anos sendo chamado de pssit!! V - Pssit? Até que não é feio! Como marca de produto é que não pode. F - Tudo por causa dessa porcaria do teu trabalho! Faz uma coisa. Pra provar que você quer mudar, vem acampar comigo. V - Por que nós não acampamos lá no meu escritório? Do lado do fax tem um espação. E umas samambaias artificiais. Posso pedir para algum trainee ficar coaxando pra gente. F - Pára de brincar. Larga tudo e vem comigo. V - Bom, se você tá insistindo tanto, eu... Então tá. Eu... tudo bem, eu vou. F - Jura? Ótimo! Você vai adorar! V - Ah, difícil pensar em programa melhor. Aquelas árvores, aqueles macacos guinchando, aquelas aranhas bacanas. F - Então está tudo certo. V - Só preciso saber assim, de um detalhe. A respeito do mato. Uma besteira. F - O quê? Se no mato tem mosquito? Se tem cobra? V - Não. Se no mato pega o meu celular e se tem tomada.
Pergunta para as Vendedoras de plantão: Para quando está marcado seu próximo acampamento?
Basilio Castelo Branco
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