MULHERES QUE TRABALHAM EM VENDAS

Os texto que se segue é uma adaptação de artigo que me foi enviado a algum tempo e cujo autor ou autores desconheço e do qual me sirvo neste momento para, de uma forma jocosa, homenagear essas guerreiras cujo valor inconteste de adm inistrar a família, o lar e o trabalho simultaneamente é muitas vezes desconsiderado.

O MARIDO...

SECRETÁRIA - Dona Vera, é seu marido na linha A.

VERA - Agora é impossível. É fechamento do mês.

S - É que ele está tentando marcar uma hora com a senhora... desde 1998. Ele está meio inquieto.

V - O, raça chata! Qual é o assunto?

S - Bem, parece que ele... vocês são casados e ele ... bem, é a respeito de sexo. Ele quer marcar uma conjunção carnal com a senhora.

V - Só me faltava essa! Sexo. Pra não dizer que é má vontade, deixa eu ver. Olha aqui a agenda, veja quantas visitas e reuniões. Agosto... sexo, sexo, sexo... não dá. Setembro... sexo, sexo, sexo. Não dá. Tá vendo? Não tem uma brecha.

S - Aqui... esses 15 minutos em outubro. No dia 29. A meia-noite. Tá vago.

V - Não posso, vou estar ocupada. Marquei pra ter um enfarte.

S - Dona Vera, não é que eu queira me meter, mas ele é seu marido. Ele disse que vocês planejaram ter um filho este ano.

V - Filho! Eu aqui numa semana péssima, correndo atrás para bater a meta e ele vem me falar de filho... Faz uma coisa. Diz pra ele mandar uns espermatozóides num potinho que eu vou ver o que eu posso fazer.

S - Potinho... Sei...

V - E você, vai na Rua da Quitanda e me compra um óvulo bem bonito.

S - Como assim?!

V - Depois mistura o óvulo com o espermatozóide. Chacoalha bem. E contrata uma barriga de aluguel. Se ele não gostar, que vá aos tribunais! Que peça o divórcio!

S - Pois é... Ele falou que tem provas suficientes e... bom, eu não queria dizer, mas ele vai pedir a guarda definitiva do..., do..., do...

V - Do quê? Fala!

S - Do seu notebook! Com todos os arquivos dentro!

V - Monstro! Golpe baixo! Er... Pode agendar

O resultado do encontro apresenta-se 15 anos depois:

O FILHO...

VERA - Acampar? De jeito nenhum! Você só tem 7 anos.

FILHO - Tenho 15, mãe!

V - Mas já?! Não é possível! Tem certeza?

F - Absoluta. É que nos meus últimos aniversários você estava trabalhando, vários em viagens, outros em reuniões na empresa e dois em entrevista com clientes.

V - Esqueci, não. É que caíram em dia de semana. Se tivessem feito como eu sugeri...

F - Você sugeriu que mudassem o dia do meu aniversário para o primeiro domingo do mês.

V - Exato. O primeiro domingo do mês eu nunca trabalho, a meta do mês anterior já foi batida e nesse dia eu posso ter algum tempo.

F - Papai contou que vocês se casaram num domingo e você trabalhou durante a cerimônia.

V - Eu só preenchi uns pedidos enquanto o padre falava. Ele nem percebeu.

F - E em vez do vovô... você entrou na Igreja de braço dado com o supervisor!

V - Claro! O fechamento do mês era para o dia seguinte!

F - E a lua-de-mel...

V - Tá. Eu não fui. Mas mandei a demostradora do escritório me representando. Seu pai no começo resistiu, mas acabou aceitando.

F - E quando eu nasci? Qual é a desculpa?

V - Desculpa por quê? Você nasceu como qualquer criança.

F - Nasci no meio de uma Convenção de Vendas!

V - Era numa Convenção Anual, com toda a diretoria presente! Não podia sair assim, só porque a bolsa estourou. E você devia se orgulhar! Foi o presidente de uma grande multinacional que fez teu parto.

F - Já sei. E a secretária da diretoria cortou meu cordão umbilical com aquele troço que abre correspondências.

V - E o rapaz da expedição te amamentou. Sorte que ele tinha muito colostro...

F - Não brinca. Fiquei traumatizado.

V - Eu fiquei. Você nasceu em cima de um monte de brindes que iam ser distribuídos no evento. Quase perdi o emprego...

F - E quando você foi me pegar na escola pela primeira vez? A vergonha que eu passei...

V - Eu só estava com medo de não te reconhecer... Por causa das minhas viagens constantes, não te via fazia um tempinho...

F - Tive que segurar um cartaz, que nem parente desconhecido em aeroporto, escrito "Eu sou o Thiago".

V - Thiago? Foi esse o nome que eu te dei?

F - Que a moça do cartório me deu!, quando completei 8 anos e consegui ir sozinho a um tabelião. Fiquei sem nome durante oito anos! Oito anos sendo chamado de pssit!!

V - Pssit? Até que não é feio! Como marca de produto é que não pode.

F - Tudo por causa dessa porcaria do teu trabalho! Faz uma coisa. Pra provar que você quer mudar, vem acampar comigo.

V - Por que nós não acampamos lá no meu escritório? Do lado do fax tem um espação. E umas samambaias artificiais. Posso pedir para algum trainee ficar coaxando pra gente.

F - Pára de brincar. Larga tudo e vem comigo.

V - Bom, se você tá insistindo tanto, eu... Então tá. Eu... tudo bem, eu vou.

F - Jura? Ótimo! Você vai adorar!

V - Ah, difícil pensar em programa melhor. Aquelas árvores, aqueles macacos guinchando, aquelas aranhas bacanas.

F - Então está tudo certo.

V - Só preciso saber assim, de um detalhe. A respeito do mato. Uma besteira.

F - O quê? Se no mato tem mosquito? Se tem cobra?

V - Não. Se no mato pega o meu celular e se tem tomada.

 

Pergunta para as Vendedoras de plantão: Para quando está marcado seu próximo acampamento?

 

Basilio Castelo Branco
Diretor da Megaservice Assessoria Empresarial e da Academia do Sucesso em Vendas www.megaservice.com.br - basilio@megaservice.com.br